Com a coordenação de Joácio Morais, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o painel 6 começou com a palestra de Demétrius Gonzalez, diretor da AGESAN-RS, que falou sobre “Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas: regulação”. Demétrius iniciou a fala apresentando dados sobre a regulação de drenagem urbana no Rio Grande do Sul e mostrando imagens sobre o cenário atual de problemas das redes gaúchas. Ele abordou as dificuldades presentes na regulação de drenagem, como a falta de recursos financeiros para operação e manutenção, por exemplo.
Logo após a palestra de Demétrius, o presidente da ABES-PB, José Dantas de Lima, anunciou as visitas técnicas que foram realizadas no último dia 26 de outubro, no Ecoparque João Pessoa e na ETA Guamame, convidando a todos a participarem das atividades.
Em seguida, houve a apresentação do Grupo Poesia de Cordel, da Escola Padre Pedro Serrão, com o título “O menino que virou defensor do meio ambiente”.
Após a atividade cultural, Dr. Tarciso Cabral, professor da UFPB, comentou sobre os desafios dos sistemas de drenagem de águas pluviais urbanas, a partir do zoneamento de restrições dos rios da Paraíba. Ele também abordou as expectativas para o segundo quartel do século nos casos de drenagem, como, por exemplo, novas técnicas.
Na sequência, com o assunto sobre chuvas intensas no Brasil, o professor da UFPB, Cristiano das Neves Almeida introduziu os casos graves como os da Região Serrana do Rio em 2011 e o do litoral de São Paulo em 2023. Ele apresentou os estudos para monitoramento de chuvas no Brasil ao longo do tempo e mostrou a situação atual, os desafios para conseguir dados, os benefícios da disponibilidade das informações e questionou a qualidade dos dados, a fim de apresentar informações precisas sobre a questão das chuvas intensas no país.
Cristiano apontou desafios para isso, como a criação de um plano de manutenção e operação das redes de monitoramento, engajar o envolvimento da população e a criação e disponibilização de bases de dados pluviométricos tratados e consistentes e de fácil acesso.
A última palestra do painel ficou a cargo do diretor da Tecnart Engenharia, Carlos Cavalcanti. Com o tema “Sistema de absorção pluvial de alto desempenho”, ele fez uma apresentação do próprio sistema, através de modelos residenciais demonstrados por mapas. Ele mostrou obras nas quais o processo foi executado e está em pleno funcionamento.
O painel foi encerrado com o lançamento do e-book “João Pessoa: o crescimento da cidade e o saneamento básico”, do professor José Reinolds Cardoso de Melo. Ao lado do presidente da ABES PB, José Dantas de Lima, Reinolds falou um pouco sobre o e-book, que está disponível para download no site da ABES Paraíba e agradeceu pela oportunidade de divulgar este trabalho no evento.
O sétimo e último painel do seminário foi mediado por Josivan Cardoso Moreno, consultor do Consórcio SPAmbiental/Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (SEMIL), que também apresentou os pontos importantes para a universalização dos serviços de saneamento e seus desafios com base no Novo Marco. Ele apresentou pontos que devem ser considerados em atenção para que os objetivos sejam alcançados.
Josivan defendeu um processo de transição organizado, com regras claras e definidas previamente, assim assegurando a manutenção dos serviços existentes e a rápida e segura expansão do atendimento para atingir a universalização.
Já Alexandre Anderáos, superintendente adjunto de regulação de saneamento básico da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostrou um olhar da ANA sobre a Região Nordeste na questão da agenda regulatória para o saneamento. Ele apresentou normas de referência em andamento para a regulação.
Por fim, o vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea, Rogério de Paula Tavares, apresentou, primeiramente, as atribuições sobre o Novo Marco Legal do Saneamento. Com a utilização de dados do SNIS 2021, foi possível traçar um perfil de investimentos necessários para a universalização da região. “A ressignificação da prestação de serviço é você ir além da mera prestação de serviço. É se inserir no tecido social onde você atua”, afirmou Rogério.
Ele apresentou formas de parceria entre o público e o privado para universalização do saneamento que são admitidas e mostrou as principais entregas da Aegea no saneamento, além de investimentos e iniciativas que visem a universalização do esgoto.
A reta final do I Sanear Paraíba contou com homenagens aos ex-presidentes falecidos da associação, Guarany Marques Viana e Edmilson Fonseca. O vice-presidente da ABES PB, Ricardo Moisés e Claudia Coutinho, também da ABES Paraíba, entregaram troféus aos familiares dos ex-presidentes em reconhecimento à dedicação e aos esforços de Guarany e Edmilson por uma ABES PB fortalecida.
O segundo momento homenageou presidentes da ABES Paraíba pelos serviços prestados. Sérgio Rolim Mendonça, Antônio Batista Guedes e José Reinolds. Rubens Falcão foi mais um a ser homenageado.
Na terceira parte, os homenageados foram autoridades ligadas ao saneamento ambiental da Paraíba, pelo seu empenho na universalização no Estado. O presidente da CAGEPA, Marcos Vinícius Neves e o engenheiro civil e diretor da Arco Engenharia, George Cunha, receberam troféus como reconhecimento aos serviços prestados e pela importância ao saneamento ambiental da Paraíba.
O período vespertino do segundo e último dia do Sanear Paraíba incentivou discussões sobre a drenagem pluvial urbana, com explanações sobre a regulação, os desafios e as perspectivas, além da apresentação de informações que colaboram para o planejamento e a eficiência nos sistemas de drenagem. Também foram apontados os desafios para a universalização do saneamento, com a apresentação de propostas que possam ajudar nesse processo.
Você pode conferir o segundo dia do evento, na íntegra, no canal da ABES PB no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=5H6tiuvnaLk&pp=ygUHYWJlcyBwYg%3D%3D
O I Sanear Paraíba foi uma realização da ABES Paraíba, em parceria com o Governo do Estado da Paraíba e a CAGEPA. O seminário contou com o patrocínio da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA e apoio do Tribunal de Contas da Paraíba, Prefeitura de João Pessoa, Centro Cultural Ariano Suassuna, COTRAMARE, HIDROBR, CODATA, Itacoatiara e Karen Katharine Cerimonial.
O I Sanear Paraíba foi marcante e fincou seu nome como um evento fundamental para a discussão acerca do saneamento ambiental no Estado da Paraíba. Esperamos todas e todos na segunda edição, em maio de 2024. Até lá!
